segunda-feira, 30 de novembro de 2009

16ª Edição do Vitória Cine Vídeo

A 16ª Edição do Vitória Cine Vídeo será realizada entre os dias 30 de novembro e 04 de dezembro de 2009.

Neste ano o evento ocorrerá em duas tendas montadas na Praça do Papa.

Na tenda em que serão realizadas as projeções foram instalados 1200 lugares e o espaço foi internamente revestido com tecido escuro.

A outra tenda é um lounge - espaço que possibilitara o encontro e a convivência entre as pessoas que forem prestigiar o evento.

A mudança de lugar do Vitória Cine Vídeo - agora em uma Praça - é simbólica e pode ser traduzida como uma maior abertura do evento, facilitando o acesso do público.

Esta é mais uma oportunidade para assistirmos a interessantes produções nacionais que fogem do padrão tradicional de cinema.

Viva a Diversidade!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Rodin - Do Ateliê ao Museu






Até 13 de Dezembro de 2009 o MASP abriga, sob a curadoria de Dominique Viéville e Hélène Pinet, a exposição Rodin - Do Ateliê ao Museu.

A referida exposição é composta por 22 esculturas e 193 fotografias que registram momentos do processo criativo de Rodin. Cumpre destacar que as esculturas da exposição Rodin - Do Ateliê ao Museu são de Rodin, já as fotografias foram feitas por diversos fotógrafos escolhidos por Rodin.

Estas serviram de instrumento de trabalho para Rodin que, a partir das imagens captadas e reveladas decidia, por exemplo, em que localização da famosa Porta do Inferno ele iria colocar cada uma das imagens.

As fotografias expostas nos permitem acompanhar, por exemplo, diferentes fases de elaboração de uma escultura que começa com uma proposta e um nome mas, ao longo do tempo, vai sendo modificada pelo escultor até que chegue a uma outra figura, dotada de um outro nome.

Ao transitar pela exposição Rodin - Do Ateliê ao Museu me lembrei muito do ótimo curso Processo Criativo, que Charles Watson ministrou na Bauhaus no ano passado. E me lembrei, também, do filme por ele indicado intitulado Le Mystère Picasso. Já adianto que este impressionante filme será objeto de análise em outra Dica de Capital Cultural.

Uma das muitas representações da comovente escultura O Beijo está nesta exposição do MASP. Não custa lembrar que esta imagem de Rodin faz alusão ao momento em que Francesca e Paolo, personagens da Divina Comédia de Dante, foram surpreendidos pelo marido dela, Gianciotto.

Como o MASP não permite mais fotografias dentro do Museu, postei fotos do O Beijo que tirei em frente ao L'Orangerie, em Paris.

Várias Dicas de Capital Cultural!

Rodin - Do Ateliê ao Museu
MASP
Avenida Paulista, 1578, Bela Vista
São Paulo - SP
Telefone: (11) 3251-5644
Ingresso: R$15,00

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ciranda Cultural - Nacionalidade, Xenofobia e Direitos Humanos




No Primeiro Semestre de 2009, foi realizado o segundo ciclo do Ciranda Cultural, cujo tema foi Nacionalidade, Xenofobia e Direitos Humanos.

A partir deste Ciclo, o Ciranda Cultural passou a ser aberto ao público em geral. Mais uma vez diversos participantes se reuniram semanalmente comigo para abordarmos relevantes questões pertinentes ao tema.

Em nossos, encontros livros como Eu sobrevivi, escrito por Michel Carasso, e Paisagens da Memória, escrito por Ruth Kluger, serviram como ponto de partida para o debate acerca das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial.
Neste Ciclo do Ciranda Cultural ocorreu um círculo do livro, uma atividade em que os participantes interessados trouxeram um livro que já tinham lido e que gostariam de indicar para a leitura dos demais integrantes do Projeto de Extensão.

Cada participante que trouxe um livro levou outro, emprestado, para ler nas semanas seguintes.
Na data de devolução dos livros, cada um falou sobre o que tinha achado do livro que escolheu para levar.

Esta foi uma atividade muito interessante que incentivou a leitura e possibilitou a tomada de conhecimento de assuntos e autores diferentes dos quais estamos acostumados.
Nos nossos encontros, os alunos foram incentivados a reconhecerem as suas singularidades, bem
como a apresentarem, naquele espaço do Ciranda Cultural, resultados de suas produções culturais.
Este Ciclo do Ciranda Cultural também trouxe, como inovação, a realização de visitas monitoradas a lugares diversos de aprendizado, batizadas por mim de Baladas Culturais.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Parque Pedra da Cebola


Implantado em 1997, como resultado da primeira recuperação de área degradada de Vitória, em substituição à antiga pedreira de Goiabeiras, o Parque Pedra da Cebola é um verdadeiro convite ao apaziguamento do corpo e da mente.
No dia 10 de junho de 2009 realizei, juntamente com alguns de meus alunos, uma visita monitorada ao Parque Pedra da Cebola.
Caminhamos pelo Parque em plena quarta-feira à tarde. Diversas pessoas estavam ali algumas caminhando, outras correndo, e outras, ainda, passeando com seus filhos.
Foi inspirador perceber que a vida pode ter um outro ritmo, perceber que é possível introduzir no nosso dia-a-dia uma atividade em que a pressa e a afobação não estejam presentes.
Conversamos sobre a vida, sobre os nossos sonhos, sobre os planos para o futuro. Cercada por algumas de minhas alunas, mais uma vez coloquei em prática aquilo em que acredito como modelo de educação - o professor cercado por seus alunos em um processo de ensino-aprendizagem (com práticas simultâneas e recíprocas).
Fizemos um apetitoso piquenique, regado a diálogos, risadas e muita satisfação. Foi um encontro saudável, cercado pelo verde da cidade de Vitória, tantas vezes esquecido.
PARQUE PEDRA DA CEBOLA
Endereço: Rua João Batistas Celestino, entre os Bairros Mata da Praia, Jardim da Penha e República.
Vitória/ES, Brasil
Telefone: (27) 3327-4298
Entrada franca

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ciranda Cultural - Infância e Direitos Humanos




Em 2008 criei e implementei o Projeto de Extensão intitulado Ciranda Cultural, cuja proposta partia da idéia do ensino do Direito a partir de elementos não jurídicos.

No primeiro ciclo do Projeto de Extensão, que teve por tema Infância e Direitos Humanos, diversos debates partiram de questões apresentadas por livros como Cidadão de Papel, do brasileiro Gilberto Dimenstein, Flor do Deserto, da somali Waris Dirie e Persépolis, da iraniana Marjane Satrapi.

Alguns Cuta-Metragens como os belos Tanza e Song Song e a Gatinha também serviram como material de apoio deste processo de ensino-aprendizagem de Direitos Humanos.

Ao final do ciclo de encontros do Ciranda Cultural - Infância e Direitos Humanos, abri espaço para que os aprendizes relatassem o que mais tinha marcado cada um deles nesta nova experiência de do processo de ensino-aprendizagem de Direitos Humanos. Diversos aprendizes registraram, por exemplo, que:

(i) passaram a se interessar mais por leitura;
(ii) passaram a olhar os Direitos Humanos com outros olhos (abandonando o preconceito e construindo um conceito);
(iii) passaram a perceber a necessidade de realização de atividades de Capital Cultural;
(iv) começaram a fazer passeios com amigos e familiares prestando mais atenção aos detalhes e à carga cultural e artística;
(v) perceberam que a Arte pode ser vista como algo que acrescenta, e não apenas como mero entretenimento;
(vi) passaram a dar valor para diversas coisas, como à educação (em sentido amplo), à família, à sociedade, à arte e à cultura;
(vii) acharam interessante a convivência de alunos de diversos períodos em um mesmo espaço – perceberam uma rica troca de conhecimento;
(viii) gostaram de ter um espaço aonde podem falar e participar mais;
(ix) destacaram o valor de saber ouvir o outro e respeitar a opinião deste, bem como de perceber que existem várias imagens e concepções do mesmo mundo;
(x) começaram a perceber que é necessário desenvolver uma visão mais global e a adotar uma postura que saia do comodismo e do individualismo;
(xi) perceberam que há questões que interligam a esfera local, regional e global;
(xii) perceberam uma “expansão informativa” dos seus saberes e do seu conhecimento – algo que consideram importante para saberem lidar com a diversidade;
(xiii) perceberam que precisam sair só da teoria e começar a aplicar o aprendizado que constroem no dia-a-dia;
(xiv) se perceberam mais sensíveis, mais tolerantes, mais participativos, mais reflexivos após as aulas;
(xv) perceberam que a sua mudança pessoal também acabou por causar reflexos em pessoas com que convivem; e
(xvi) destacaram, como uma das principais mudanças, o desenvolvimento de um olhar mais atento, mais sensível e mais crítico ao mundo ao seu redor.

Esta foi uma experiência inovadora e inspiradora!

Fiquei encantada com as mudanças promovidas nas pessoas envolvidas neste Projeto de Extensão.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Arte e Direito - Uma Nova Metodologia de Ensino-Aprendizagem

O saber, para ser fomentado, precisa fazer sentido para os aprendizes. Em virtude disso, desde 2004, eu trabalho estimulando os meus alunos a promoverem a integração entre o Direito e as mais diversas áreas do conhecimento, em especial, as Artes.

Dentre os objetivos desta inovadora metodologia de ensino-aprendizagem, destaco os seguintes: (i) promover a integração de diferentes áreas do saber, possibilitando a construção de um conhecimento mais amplo e coerente; (ii) promover discussões pertinentes a questões geográficas, questões sociais, questões econômicas e questões ambientais; e (iii) potencializar a conscientização e o aprendizado dos Direitos Humanos.

O trabalho consiste na realização de atividades transdiciplinares, integrando Arte e Direito como, por exemplo, fazer uma análise crítica partindo da releitura de obra de arte, da leitura e da reflexão de uma poesia ou de textos literários. Os materiais propostos para tais atividades são sempre relacionados com o conteúdo da matéria jurídica ministrada.

Os debates foram - e são - estimulados, provocando a atuação dos aprendizes, que deixam de comparecer à aula como meros ouvintes, e passam a se perceber como agentes e sujeitos na criação do conhecimento e na realização de mudanças na sociedade na qual estão inseridos.

Os aprendizes também começaram a se interessar por novas informações e passaram a buscar novos saberes culturais para compartilhar com os demais. É o conhecimento se multiplicando.

O processo de ensino-aprendizado se tornou mais interessante, real, concreto e divertido.

A Arte pode ser utilizada como um instrumento eficaz no ensino e no aprendizado do Direito Ambiental, despertando o interesse dos alunos e promovendo a construção de um conhecimento mais complexo e integrado.

Neste sentido, sugerimos a leitura do texto de minha autoria intitulado A Ruptura da Lógica do Razoável e os Eternos Caminhantes: O Diálogo entre Arte e Direito Como uma Nova Forma de Construção do Saber. Este artigo foi publicado em 2008 no site http://www.referencia.org.br.


A base deste texto foi originalmente publicada no painel de minha autoria intitulado A Arte como Instrumento de Ensino do Direito Ambiental. O referido painel foi apresentado no 8º Seminário de Educação Ambiental no Ensio Superior, organizado pela Arcelor Mittal nos dias 16 e 17 de outubro de 2008, e está disponível nos Anais do Seminário.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Direitos Humanos no Século XXI


O Seminário Direitos Humanos no Século XXI será realizado entre os dias 10 e 13 de novembro de 2009, no Auditório da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha.

Diversos temas relevantes serão debatidos nestes encontros, conforme indica o folder acima.

Em 12 de novembro apresentarei a palestra A Proteção Internacional aos "Prisioneiros de Guerra".

Até lá!



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A Alma Boa de Setsuan

A peça A Alma Boa de Setsuan foi escrita por Bertold Brecht entre 1930 e 1940. Entretanto, pelas questões abordadas em uma cuidadosa tessitura, o texto se mantém atualíssimo.

A estória se passa em uma distante (e fictícia) província chinesa. A personagem principal, Chen Tê, é uma moça simples que tem dificuldade para falar "não" àqueles com quem convive, mesmo que isso a prejudique de maneira devastadora. A forma encontrada por ela para conseguir colocar limites foi se fazer passar por seu primo Chui Ta, um rígido e determinado "homem de negócios".

Ocorre que, conforme a estória se desenrola, o embate entre o bem e o mal mostra sua complexidade e nos leva a relevantes indagações.

Palmas para a Maravilhosa Denise Fraga, que mesmo sendo uma estrela, não se deixa contaminar pelo "estrelismo" e se mostra acessível desde o primeiro momento, ao receber os espectadores na entrada da sala do Teatro - até o emocionante final.

Palmas, também, para o Ótimo Ary França, que leva a platéia às gargalhadas durante todo o Espetáculo.

Por fim, parabéns para todo o elenco e a todos aqueles que participaram do grande trabalho que é montar, de maneira tão entrosada, uma peça desta complexidade.

A Alma Boa de Setsuan. Texto de Bertold Brecht. Adaptação de Marco Antônio Braz e Marcos Cesana. Direção de Marco Antônio Braz. Elenco: Denise Fraga, Ary França, Cláudia Mello, Joelson Medeiros, Kiko Marques, Fábio Herford, Jacqueline Obrigon, Marcos Cesana, Virgínia Buckowski, Maristela Chelala e João Bresser.

Teatro TUCA
Rua Monte Alegre, 1024 - Perdizes
São Paulo

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Livraria Cultura do Conjunto Nacional







Em maio de 2007 foi inaugurada, no Conjunto Nacional, mais uma loja-conceito da Livraria Cultura.

Esta maravilhosa loja da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, fica situada no espaço que durante tantos anos abrigou o Cine Astor, e durante alguns outros, ficou fechado.

Uma combinação de fatores singulares faz da Livraria Cultura do Conjunto Nacional um dos meus lugares prediletos em São Paulo. Dentre eles, destaco os seguintes:

Uma inusitada rampa nos leva à entrada principal da loja de quatro mil e trezentos metros quadrados que abriga uma infinidade de livros dispostos de maneira irresistível.

A decoração da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, cujo projeto arquitetônico foi elaborado por Fernando Brandão e sua competente equipe, é composta por seres, como o belo dragão, que parecem ter saído das obras da loja.

O Teatro Eva Hertz, que acolhe selecionadas peças de Teatro, também me seduz neste espaço cultural paulistano.

Por fim - mas não menos importante - o atendimento, que é realizado por vendedores atenciosos e especializados nas suas respectivas áreas de atendimento, sempre prontos para localizar os exemplares procurados pelos clientes.

Clássicos e lançamentos podem ser encontrados sem maiores dificuldades na "loja encantada". Em última análise, se a Livraria Cultura não tiver o item, a encomenda pode ser feita sem demora ou chateação.

Minhas idas a São Paulo sempre pedem uma visita a este oásis de informação, beleza e cultura. E assim, eu dedico uma, duas ou mais horas do tempo que passo na minha cidade neste "museu" atípico e democrático que convida seus clientes-visitantes a "degustarem" suas "obras" em exposição. E saio de lá com a alma mais leve, e a ecobag recheada com resultados das minhas escolhas da vez - muitas das quais se convertem em dicas de capital cultural...

Para saber mais sobre a Livraria Cultura, acesse: http://www.livrariacultura.com.br